segunda-feira, dezembro 31, 2012

Dreamt of a doorway/ That opened to everything




um feliz 2013 para todos nós, abençoado e iluminado. Com muito amor, pois só ele move o mundo. Acreditem em vocês, no poder do amor e na força do seu trabalho.

beijos

quarta-feira, dezembro 26, 2012

sentimento ilhado, morto, amordaçado.

Ponderei bastante se iria escrever. Se conseguiria escrever. Estou me sentindo muito mal, tendo que separar o vazio que me habita do profissional, onde nesse fim de ano estou sendo mais cobrado que o costume, com várias responsabilidades em minhas mãos. Tenho que manter o foco e ignorar meu coração.

Passei no Rafa no dia de Natal, em uma hora (claro) em que o Tropeço não estava, coloquei seu presente (calça jeans, camisa e cueca samba canção) em uma embalagem muito bacana e fui super feliz pra lá. Ele, ao ver o presente que não esperava, agradeceu, mas disse que se sentia constrangido por não me dar nada em troca. "Eu não ligo para presentes, você sabe"- respondi e completei dizendo que tinha comprado de coração, mas se ele não se sentisse bem, podia devolver, não queria constrange-lo. Ele riu, disse que tinha adorado e me deu um longo abraço. Conversamos um pouco, ele me mostrou uns vídeos bem legais de uma cantora britânica que eu não conhecia e tive que ir embora pois tinha combinado de ir à praia com meu amigo cardiologista. Chamei pra ele ir, mas ele declinou pois ia fazer umas compras de última hora com a mãe dele. Nos desejamos Feliz Natal, nos abraçamos e saí.

Conversei com um amigo sobre como tem sido ótimo minha relação com o Rafa desde que eu voltei de férias e ele me disse "acho que é só questão de tempo para ele se render e ver que você faz muito bem à ele".

No dia 25 nos falamos e passei lá novamente, meu personal (o Barba Ruiva) me mandou whatsup confirmando a academia de hoje. Comecei a rir e disse pra ele que ele era engraçado, pois sempre me mandava umas três ou quatro mensagens me encorajando a não desistir. Nessa hora o Rafa abriu no facebook o perfil de um cara que ele conhece que fez redução de estômago e começou a me mostrar as fotos do cara de antes e depois. Depois me mostrou partes de um programa chamado "pound per pound", uma espécie de extreme makeover de obesos. Eu não pareço com nenhuma daquelas pessoas, estou acima do meu peso, mas eu não estou deformado daquele jeito. Eu comecei a me sentir muito mal e fiquei sério e calado, mas ele continuou a mostrar. Toquei em seu braço e o beijei, mas ele não devolveu o carinho, como sempre faz, ele continuou a falar e a me mostrar aquilo.

Há quem diga que ele fez isso para me encorajar, mas a verdade é que me senti extremamente humilhado. No carro chorei um pouco, não de raiva, não de alegria e, acho, nem de tristeza. Mas de inércia, pois para mim senti um aviso de "não estou com você porque você é gordo". E não consigo afugentar esse pensamento, ainda mais depois que uma amiga nossa em comum encontrou com ele e o Tropeço e me disse que não entende como um cara tão legal e descolado se prende a uma relação com um cara que claramente não acompanha o desenvolvimento dele. E olha que ela nem sabe da gente.

Então escuto Fagner, que me entende como ninguém na hora do sofrimento.

Espero que o Natal de todos tenha sido maravilhoso e que o ano novo nos traga muitas alegrias.

sábado, dezembro 15, 2012

um atraso de duas décadas


Para quem já leu minha história com o Guto, sabe que ele foi o primeiro em minha iniciação sexual, quando éramos pivetes ainda. Então o título está fazendo justiça ao atraso de duas décadas do encerramento de minha iniciação.

No sábado, após sair com o Barba Ruiva e ter passado o dia com o Rafa o Guto me ligou perguntando o que eu estava fazendo, tinha chegado à tarde em minha cidade e tinha ido resolver as coisas da luta em que veio participar. Disse que estava indo pra casa e ele me convidou pra comer algo. Cheguei no hotel em que ele estava, me apresentou três alunos (todos meninos dos seus 15 aos 18 anos, saradinhos e marrentinhos) e contou que veio trazer os meninos para uma luta e ia participar de um workshop em uma academia e ficaria até sexta (ontem). Os meninos subiram e ficamos conversando no saguão do hotel, o papo fluiu super bem, mas eu estava ansioso para ele dar alguma deixa. Lá pelas tantas ele pergunta se quero assistir a luta e respondo que iria adorar, mas não ia dar pelo horário. Marcamos de nos ver no domingo por volta das 16h.

Confesso que sonhei a noite com ele, aquele corpo marrento, sem ser definido, aquele homem grande (Guto tem por volta de 1,90 ou mais), a cabeça raspada, as lembranças de pivete em como ele não me deixava beijá-lo e queria curtir apenas o gozo. Acordei cedo no domingo, achei até lindo o Rafa me ligar pra sair, mas como tinha marcado com o Guto, saí de tempo pois queria ver até onde ia esse reencontro.

As 16h eu estava no hotel, liguei e ele não atendeu. Pedi na recepção para chamá-lo e a atendente mandou eu subir. Guto abriu a porta enrolado em uma toalha e todo molhado e pediu para eu esperar, o quarto estava bagunçado, mas pude notar que ali só dormira uma pessoa. Enquanto ele estava no banho, perguntei pelos alunos e ele respondeu que já foram embora, ele que ia ficar a semana. Ele terminou o banho e saiu enrolado na toalha, o torso ainda molhado. Eu sorri.

Ele olhou pra mim e perguntou do sorriso, respondi que não imaginava nunca que mais de vinte anos depois ainda teríamos contato e disse que eu saí muito às pressas do Centro-Oeste, sem ter me despedido direito das pessoas. Guto sorriu e ajeitou o pau, que me pareceu duro, por baixo da toalha. Olhei pra ele novamente e disse que me arrependia de não ter ido até o fim com ele quando pivetes. Guto deu uma gargalhada e perguntou se eu queria dar pra ele, respondi que sim.

Ele tirou a toalha e seu pau estava realmente duro e bem ereto, envergado igual um mastro. Eu me ajoelhei e comecei a chupá-lo, sentindo o cheiro do seu sexo, lambendo sua barriga. "Você aprendeu mais truques, pelo visto", eu apenas ri. Suas mãos calejadas guiavam minha cabeça no vai e vem, ele não fazia carinho nos meus cabelos e não dizia nada, apenas gemia baixinho, fazendo um bico com os lábios.

Devo ter passado uns 10 minutos chupando e Guto mandou eu parar. "Tira a calça e fica de quatro na cama", ele disse bem natural, sem estar mandando ou ríspido. Tirei o tênis e quando ia tirar as meias ele mandou que eu ficasse com elas "tira só as calças, Dramma". Obedeci, tirei as calças e calcei novamente o tênis. Ele vasculhou na mala e tirou uma camisinha, colocou no pau e pegou no meu quadril "mas que bundão...", disse balbuciando e dando alguns tapas. Não sei se foi cuspe, KY ou algum hidratante, mas ele passou algo no pau e foi encostando a cabecinha na minha bunda, pedindo pra eu relaxar. Pedi pra ele esperar, me concentrei e ele disse a frase que eu mais tenho tesão em escutar "deixa eu colocar só a cabecinha". Ele foi forçando lentamente e em pouco tempo estava bombando.

Guto alisava minhas costas, segurava minha cintura e com vigor bombava atrás de mim. Eu estava com um macho alfa no comando e comecei a requebrar e gemer um pouco. Guto estava cheio de tesão, "mandando ver" em mim. Eu estiquei um pouco os braços pra frente, inclinando a cabeça e o torso, levantando um pouco mais o quadril, Guto gozou, deu um urro de prazer e se deitou em cima de mim. Depois ele tirou o pau e ficou deitado na cama, eu encostei nele e lambi seu suvaco. Ele começou a rir e eu também.

A próxima meia hora foi de conversarmos sobre o ponto de vista de nossa história e ele me disse que desde que começamos a "brincar" ele ficou doido pra me comer e mesmo após esses anos ele dizia que lembrava com muito tesão daquela fase e que me comer hoje era a realização de uma tara pra ele.

Fiquei com ele no hotel até as 20h, mais ou menos. Saímos pra comer algo e não tocamos no assunto, na volta, quando o deixei no hotel ele me olhou e disse "dorme aqui, só temos essa semana pra tirar o atraso". Estacionei o carro e subi.

Transamos todos os dias, sem carinho, sem beijos, sem afagos ou papos. Só curtição entre dois homens.  Ontem foi o último dia dele e ele me surpreendeu com um selinho e disse que tinha sido muito bom ter me reencontrando e despertado essa vontade de ficar comigo que existia dentro dele. Nos despedimos na rodoviária e eu disse "até a próxima".

domingo, dezembro 09, 2012

pós férias.

Voltei das minhas (maravilhosas) férias, onde me diverti bastante, passeei bastante e gastei mais do que imaginei. Mas agora sou um feliz proprietário de traquitanas tecnológicas que adoro e já comecei a usar. Comprei também bastante roupas e já me sinto (bem) vestido durante o ano todo. Também comprei presentes para o Rafa, não quis dar demais, mas também não quis dar de menos. Comprei uma calça jeans, duas camisas, uma cueca samba canção (na verdade comprei duas, uma pra ele e uma pro Barba Ruiva. Sim, sou cara de pau), um perfume, um pacote de cuecas brancas de marca e um presente que só tem significado para nós dois.

Resolvi dar os presentes partidos, dando assim que cheguei, o perfume, uma das camisas e o pacote de cuecas de marca. Ele ficou super feliz, agradeceu, me abraçou, me beijou as bochechas. Experimentou a camisa e as cuecas, que ficaram ótimas. Depois ficamos conversando sentados no chão, minha cama estava abarrotada de muamba e eu pousei minha cabeça em seu colo. Ele acariciava meus cabelos e eu contava minhas férias.

Então, por um momento, enquanto ele me atualizava sobre seu trabalho eu disse "eu estava com muitas saudades", ele sorriu e respondeu que estava também, se reclinando para me beijar a cabeça. Me aninhei melhor, me sentando ao seu lado e com a mão passei por baixo de sua blusa e fiquei brincando com os pelos de seus peitos. Rafa não suspirou e nem se retesou, ele beijou meus cabelos novamente e continuamos a conversar. Nos atualizamos dessas duas semanas em que não nos falamos, planos e tudo o mais que em apenas 14 dias pareceu que nossa vida mudou. Fui deixá-lo em casa e pousei a mão em sua perna, que apertei. Ela reclamou que engordou cinco quilos, mas que suas pernas afinaram, eu ri. Chegando em sua casa, nos abraçamos e balbuciei baixinho no seu ouvido "você ta muito gostoso", ele riu e perguntou se podíamos nos encontrar na semana, eu disse que sim.

No outro dia marquei de sair com o Barba Ruiva (sim, sou cara de pau e estou atirando para todos os lados), fomos a um café e fechei com ele o treinamento físico que vou fazer. Lhe entreguei o pacote com a samba canção, que ele prontamente abriu e agradeceu dizendo que ficou linda. Mais tarde ele me procurou pelo inbox e perguntei se ele tinha experimentado e se tinha servido, ele disse que sim. "Eu tenho o olho bom mesmo, merecia ver o material como ficou", ele limitou-se a um "não pode", insisti e acho que me ferrei, pois ele não me falou mais até ontem, quando defendeu sua dissertação e me mandou um whastup agradecendo por tudo.

Não pude ver o Rafa na semana, sai tarde todos os dias do trabalho e o calor anda de matar qualquer um. Combinamos dele vir sábado aqui em casa, ele veio, saímos pra resolver umas coisas, almoçamos juntos e retornarmos para casa. Eu o abracei e ele me abraçou de volta, pedi pra ele deitar na cama e deitei ao aldo dele, fazendo carinho no seu peito, ficamos uns quinze minutos deitados abraçadinhos. Perguntei se ele queria uma massagem e ele disse que sim e tirou a blusa, fiz uma massagem bem gostosa nas suas costas e depois fiquei abraçadinho com ele por mais tempo. Notei que seus mamilos estavam duros e que seu pau pulsava na bermuda, mas não tomei a iniciativa. Deu a hora dele ir e fui deixá-lo em casa. Amo muito estar com ele, amo muito essa fase em que não tenho sexo com ele, mas sinto que estou construindo alguma coisa juntos, talvez dando a oportunidade dele não achar que pode botar tudo a perder por ter apenas o lado sexual do relacionamento.

Bem, hoje é domingo. Saí ontem com o Guto e vou sair hoje de novo. Prometo um post longo e D-E-T-A-L-H-A-D-O.

Estava com saudades da Blogsfera.