sábado, abril 28, 2012

um dia bom

O Rafa veio hoje na minha casa buscar uma encomenda dele, como pretexto perguntei se ele queria assistir um filme e ele topou. Fiquei até surpreso, pois a semana foi meio estranha, a gente mal se falou e ele não quis ir assistir Vingadores comigo porque o Tropeço da Família Addams disse que queria ir com ele. Gostar de super-heróis é uma coisa nossa, minha e dele, o Tropeço gosta de mangá. Enfim, fui com meus amigos assistir o filme e me diverti horrores.

Mas voltando, coloquei o filme, ele deitou na minha cama de forma transversal e eu também, sem nos tocar. Com o decorrer do filme, nossos braços foram se encostando e assim ficando. Eu fiquei acanhado de abraçá-lo, pois fiquei esperando por essa atitude dele, que não veio. Terminamos o filme (eu cochilei pencas) e fomos lanchar. Sem querer, dei a sugestão de ir em um lugar que vou pouco, mas adoro e ele disse que não conhecia. Quando chegamos ele me disse "esse foi o lugar que a gente veio quando se conheceu" e eu sorri, realmente tinha esquecido. Sentamos na mesma mesa e conversamos animadamente. Assim, quando ele veio falar do Tropeço eu disse que não queria saber desse assunto, e acho, finalmente que ele entendeu. Não sei se agi bem, porque saber alguma coisa ruim do namoro dele pode me dar uma dica de por onde agir, mas eu resolvi que não quero saber, que quando eu estiver com ele eu não quero o outro. O Tropeço o tem tanto, não quero dividir o pouquinho tempo que tenho pra falar nele.

Quando fui deixá-lo, nos abraçamos e ele me beijou no rosto. o beijei de volta no rosto e ele disse "te adoro". Foi um dia bom. Poderia ter sido melhor? Sim, poderia. Mas foi um dia bom. O problema é que eu fiquei com vontade de sarrar e quase liguei pro menino com nome de cantor, mas preferi deixar quieto, pois eu o magoeei muito e ele sabe que com ele só quero sacanagem, como ele quer romance, é melhor não mexer no que ta quieto.

segunda-feira, abril 23, 2012

O fim de semana

Para minha surpresa, o Rafa estava pronto e pontual como nunca foi. O busquei em casa no sábado e pegamos a estrada para uma praia badalada no meu estado, o trajeto era de 150km. Fomos conversando animadamente, ouvindo nossas músicas preferidas (temos o gosto musical parecido) e planejando nosso dia (eu planejando mais que ele rsrs).

Chegamos ao hotel pela hora do almoço, fizemos check-in e saímos para almoçar, fomos a praia, tomei um banho de mar para tirar a uruca e voltamos pro hotel para curtir a piscina. O hotel era lindo e confortável, a cama bem espaçosa e as portas tinham uns vitrais de peixes que iluminavam discretamente a penumbra do quarto. O hotel não estava cheio e a piscina estava apenas conosco e um casal, que ao entardecer saiu e nos deixou a sós, tomávamos nossa caipiroska de manga e conversarmos animadamente, até que lhe pedi um beijo e ele disse que não devia. Que não devia eu sabia, mas eu queria saber se ele queria. Ele disse que me daria um beijo de amigo e me deu um selinho, eu disse que não valia, queria um beijo decente. Ele deu, senti o volume de sua sunga aumentar consideravelmente e o chamei para ir ao quarto.

Tomamos banho juntos, sarramos, curtimos, fomos pra cama e continuamos nossas preliminares. Eu realmente me sinto amado com ele, como nunca me senti por ninguém na vida. Porém ele disse que não podia transar comigo, queria o relacionamento dele com o namorado (que parece o Tropeço da Familia Addams - olha o veneno escorrendo) desse certo, porque GOSTAVA dele. Eu disse que o amava, olhando nos olhos e, olhando nos meus olhos ele respondeu "eu também te amo, mais do que você imagina, mas se a gente continuar com isso só vamos nos machucar". Continuei abraçadinho com ele, aninhado em seu peito e beijava seu tórax, perguntei se ele não tinha tesão em mim. Ele riu e perguntou se eu tava louco, guiou minha mão até seu membro para eu constatar o quanto estava duro. "Eu não posso, mas queria".

Depois de um tempo ele começou a passar mal por conta da bebida, voltei ao chuveiro, cuidei dele. O deitei na cama, o cobri e deitei junto. Passamos a noite abraçadinhos e acordamos pela manhã e continuamos abraçados. Ele levantou, tomou banho, deitou na cama e continuou abraçado comigo, eu disse que gostava de ficar assim com ele e ele me disse que sempre que eu quiser posso dormir abraçado com ele.

Eu acho que tenho que arriscar, e com paciência mostrar que não tenho medo de nos machucarmos e que quero investir em um relacionamento. O namorado frankstein dele, o fez bem, foi importante em um momento da vida dele, mas não acompanha a evolução. Ontem estive na casa dele e o namorado estava lá, eles mal se falam, mal se olham, mal se tocam. Isso sim está errado, sei que também estou muito errado no meu papel nessa história, mas tenho que lutar pelo que quero e amo. Falta coragem dos dois, e comodismo, de assumir que o relacionamento acabou, que gostar não é suficiente, o verbo é AMAR. Ele me disse quando eles dois terminaram que ACHAVA que o amava. Se eu quero brigar por ele, esse é o ponto chave.

Não sei se conto da sarração que tive com o Rodrigo, pra ver se surge um ciúme nele ou o estalo. E se conto, eu digo como realmente me senti? O barco ta navegando e eu estou no meio dessa correnteza, mas estou feliz.

segunda-feira, abril 09, 2012

little talk


Eu não sei nem por onde começar a falar. Como falei no post anterior, o Rafa me disse que tinha acabado com o namorado, mas não queria falar com ninguém e queria ficar sozinho. Eu consegui segurar a ansiedade e não procurá-lo, mas ele me procurou no sábado, fui a sua casa e conversamos sobre ELE. O relacionamento DELE. Como ELE estava se sentindo.

Alguém pode dizer que é egoísmo, mas não é defendendo o gatinho, mas a culpa é em (boa) parte minha. Eu sou péssimo em demonstrar e falar dos meus sentimentos e me senti inseguro pra falar do que sinto e do que quero. No fundo, fico esperando uma abertura para que ele diga, mas nem sei dizer se eu também me travo e fico na defensiva. Fui embora logo depois, dei um beijo em seu rosto e ele me deu um no rosto também.

A noite ele ia conversar com o namorado, mandei um torpedo perguntando se tava tudo bem e não tive resposta. No outro dia, no fim da tarde me respondeu que estava tudo bem e ACHAVA que tinha voltado. Eu juro que tento ser uma boa pessoa, ter Jesus no coração, mas SÉRIO, não dá. Não quis ouvir, eu não consigo acreditar em uma pessoa que relata todos os problemas conjugais, mas que diz que o maior dele são as infantilidades do namorado e continua com uma pessoa que vai pra casa do outro dormir, não fala com o namorado, deita na cama com a bunda na parede, não deixa ele tocá-lo, dorme e no outro dia vai embora sem falar com o cara. Vá pra puta que o pariu, como é que fica com uma pessoa dessas? Eu juro que seria incapaz disso, eu diria que nao queria vê-lo, no máximo, mas NUNCA (do verbo jamais) dormiria com meu amor brigado com ele. Essa foi a maior lição que meus pais me deram, eles nunca dormiam brigados, um dos dois sempre cedia, em prol da harmonia.

Então, ele voltou com o outro, mas no final de semana vai viajar comigo para uma praia próxima. Não é possível que ele não esteja se tocando do que eu quero. Eu tenho medo de falar, prefiro ir e lá ver o que vai desenrolar. Confesso que fico muito inseguro pelo fato de eu ser gordinho, mas sei que tenho muitas outras qualidades que ele gosta. O problema é que eu não queria colocá-lo na ponta da espada, e sim que tivessemos uma conversa franca e sincera, sem muros, sem resguardos. Mas se eu mesmo não tenho coragem, como cobrar isso?

Então acho que com a revolta e a carência, o Rodrigo me aparece no msn (leia o post aqui) e pergunta se estou livre. Fui com ele para o motel, fizemos um 69 maravilhoso, sarramos, cochilamos, nos beijamos, ele disse que eu era muito gostoso e eu fiquei me sentindo sujo e imundo. O tempo inteiro me senti dessa forma, pensei no Rafa, se ele se sentiu igual a mim quando ficou comigo. Eu me senti sujo porque eu estou apaixonado pelo Rafa e a única pessoa que eu queria estar era com ele.

Oh crap!

sexta-feira, abril 06, 2012

mato no peito?


Rafa terminou o namoro, mas não caiu em meus braços. Não falou comigo pelo telefone, não me atendeu, mas falou por torpedo. Disse que terminou com o namorado e precisava ficar sozinho. Ofereci meu colo (claro), ouvidos, minha casa, disse que estaria ali por ele e que ficar sozinho é muito ruim. Mas ele não quis.

Eu nunca iria querer ficar sozinho nesses momentos, mesmo que não quisesse conversar sobre, mas eu prefiro ter alguém ali, orbitando, existindo, sabendo que se eu desabar tenho um abraço.

Depois que nós ficamos, mesmo o namorado não sabendo, o relacionamento deles começou a desandar. O não entender do volume de trabalho, a cobrança frequente, as criancices, a ciumeira infantil... tudo foi aparecendo, mas eu tenho o pensamento de que é por minha causa. Não o término, mas o sentimento dele de não aguentar o namorado.

A dúvida é se eu insisto em vê-lo esse fim de semana ou respeito e espero que me procure.

terça-feira, abril 03, 2012

sonho


Hoje eu acordei pensando em você. No seu peito macio, os mamilos grandes e saltados, como se pedisse para eu abocanhá-los e brincasse com minha língua irriquieta, as vezes sugando-os e lambendo-os suavemente. Os pelos de seu peito macios acarinham meu rosto enquanto estou deitado nele, querendo que o tempo não passe. Querendo sugá-los para dentro de mim, sentindo-me completo.

Seus olhos estreitos parecem me convidar para um novo mundo e desejo mergulhar neles, que sempre sorriem para mim. São alegres e acolhedores, não me olham com volúpia apenas, mas com ternura. Sua boca, de lábios finos, contornada por sua barba, me desperta o desejo de mordê-la, saciando minha fome de carne tenra e suculenta.

Não penso no sexo, mas seu sexo pulsa rígido sob as vestes. Apalpo e, pela primeira vez, desejo um homem dentro de mim, me tornando uno contigo.

Acordo. Fico deitado na cama querendo você ao meu lado. Fecho os olhos.